Nem tudo é o que parece!

Olá, amadinhos!!

"De madrugada ele voltou ao pátio do Templo, e o povo se reuniu em volta dele. Jesus estava sentado, ensinando a todos. Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. 
Eles disseram: - Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério.  De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso? 
Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo. 
Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles: - Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher! 
Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. 
Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé. 
Então Jesus endireitou o corpo e disse: - Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você? 
- Ninguém, senhor! - respondeu ela. 
Jesus disse: - Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!]"
João 8.2-11     




Hoje resolvi trazer uma palavra que espero ser edificante na sua vida!

Quando olhamos por um buraco de fechadura observamos apenas um pedaço da cena, e com o que vimos começamos a descrever uma história do nosso imaginário que julgamos ser real e verdadeira, colocamos fé naquilo que vimos e dependendo do que for acusamos ou bendizemos. Mas muuuitas vezes acusamos, julgamos da pior maneira possível. O mundo nos faz acreditar que tudo é mais cruel, que devemos sempre enxergar o pior.
 
Só que naquele pedacinho de cena visto por um burado da fechadura há um contexto enorme e cheio de detalhes muito além do que se imagina, há um cenário rico de história, cultura, sentimentos, caráter, personalidades,... diferentes do nosso "mundinho". 

Um exemplo um pouco radical, mas válido, é que é difícil de dizer o que uma pessoa segurando um canivete como quem vai apunhalar de cima para baixo irá fazer realmente, mas logo julga-se que ele está matando alguém. Porque ele não pode estar simplesmente tentando abrir uma caixa grande que chegou dos correios que contém um lindo presente que sua mãe fez com tanto carinho.

Tudo julgamos e afirmamos ser o certo. Às vezes meras atitudes como não dizer um "Oi" ao passar corresponde à pessoa que não recebeu esse cumprimento como uma atitude hostil de ódio ou algo parecido e por isso merece o desprezo, quando simplesmente a outra pessoa nem viu, estava com seus pensamentos longe, no trabalho que estava difícil, ou no remédio que não conseguiu comprar para seu ente que doente, ou em seus pais, seus filhos... enfim, em algo significativo na sua vida, e que nesse momento talvez estivesse precisando do seu "Oi" e de seu abraço. Mas sempre queremos muito para nós e nada para os outros, não é verdade?!

Uma pausa para uma observação, já vi muito disso por onde ando. Nós estamos esquecendo do amor ao próximo, do se importar com o próximo. Falam muito "eu te amo", mas quando a pessoa mais precisa de um ombro amigo não aparece um para ajudar. É cada dia mais eu, minha vida, meu trabalho, minha instituição, eu eu eu... e estão esquecendo de acrescentar apenas duas letrinhas que farão toda a diferença nessa atitude o D e o S, dessa forma: DeuS!
Simples, não é?!

Bom, voltando, já fui muito julgada como todos vocês, na realidade ainda somos, diariamente. Isso machuca mais do que apanhar, sabiam?! Porque, não sei vocês, mas eu tenho sede de justiça e quando alguém julga de forma errada quem verdadeiramente sou sobe uma revolta misturada com tristeza e decepção, e acaba virando em repúdio, em asco. Porque o julgamento na mente de uma pessoa só pode ser mudado por ela mesma e se ela quiser, não adianta fazer nada para provar o contrário, eu particularmente não gosto de perder tempo com isso, por mais triste seja a única expectativa que acende a chama da esperança é em me lembrar que o Senhor sonda o nosso coração, Ele é quem nos criou e nos conhece desde muito antes de nascermos.

Mas um bom conselho para mim e que tem me ajudado a evitar julgar o meu próximo desde a minha adolescência é sempre me colocar no lugar da outra pessoa. Isso fará com que seus olhos e sua mente tendam a ser puros. Claro que nem toda vez eu consigo e acabo falhando, principalmente dos 20 aos 26 anos (uma longa e triste história), porém é como já falei em outros posta é só uma questão de prática, se tornará um hábito e logo será parte de quem você é.

Vamos evitar olhar no buraco da fechadura e se tivermos que olhar, um SE enorme,  não vamos tirar conclusões precipitadas, antes de conhecer a verdadeira história por traz daquela porta amontoda de bagagens, chamada Vida! É a vida do nosso próximo que estamos lidando, uma vida tão preciosa quanto a sua, então pense duas vezes antes de apontar, acusar, julgar,..., você gostaria que fizessem o mesmo com você sem nem lhe ouvir ou lhe conhecer?! Quem somos nós para julgar quem quer que seja?!

Talvez, conhecendo mais o nosso Criador possamos obter esta virtude de enxergar o que há de melhor em nosso próximo. Assemelhar-nos mais a Ele é ter a mesma visão que Ele tem de nós!

"Não julgueis, para que não sejais julgados." Mateus 7.1

"Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados"  Lucas 6.37

"Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." João 7.24

"Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. " 1 Coríntios 4.5   


Essa nossa conversa, ou melhor, monólogo, rsrsrs... me fez lembrar de um texto apresentado pelo meu professor de Filosofia na época de Faculdade e que é muito famoso, a Alegoria da Caverna de Platão, muito interessante e vale a pena ler e refletir!!


Bjoks e fiquem com Deus,

Jana Carvalho

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